A morte da cantora e atriz Preta Gil, aos 49 anos, após uma intensa luta contra o câncer colorretal, gerou comoção em todo o país e reacendeu um importante alerta sobre a prevenção e o diagnóstico precoce dessa doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 40 mil novos casos de câncer colorretal por ano, sendo uma das principais causas de morte por câncer entre homens e mulheres.
O que é o câncer colorretal?
Também conhecido como câncer de intestino, o câncer colorretal atinge o cólon (intestino grosso) e o reto (parte final do intestino). Ele geralmente se desenvolve a partir de pólipos intestinais — pequenas lesões que podem se tornar malignas ao longo do tempo.
Muitos dos sinais são confundidos com problemas intestinais comuns, o que atrasa o diagnóstico. Os sintomas mais frequentes incluem:
•Sangue nas fezes
•Dor ou desconforto abdominal persistente
•Mudança repentina no ritmo intestinal (diarreia ou constipação)
•Perda de peso sem causa aparente
•Cansaço excessivo
•Sensação de evacuação incompleto
O diagnóstico costuma começar com uma investigação clínica e exames de sangue. Porém, os exames mais importantes são:
•Colonoscopia (exame principal)
•Pesquisa de sangue oculto nas fezes
•Biópsia (caso haja suspeita)
•Exames de imagem (tomografia, ressonância, etc.)
Quanto mais cedo o câncer é descoberto, maiores as chances de cura — podendo chegar a 90% em estágios iniciais.
O tratamento varia de acordo com o estágio do tumor e as condições do paciente. As principais abordagens incluem:
•Cirurgia para retirada do tumor.
•Quimioterapia.
•Radioterapia (mais comum em tumores retais).
•Imunoterapia ou terapias-alvo em casos avançados.
Por que precisamos falar mais sobre isso?
Apesar de comum, o câncer colorretal ainda é pouco debatido entre os brasileiros. Muitas pessoas deixam de fazer exames preventivos por medo ou desinformação. A perda de Preta Gil, uma figura pública querida, serve como alerta: a prevenção pode salvar vidas.
Especialistas recomendam que, a partir dos 45 anos, adultos iniciem exames regulares — especialmente se houver histórico familiar da doença.
A luta de Preta Gil evidenciou a importância do acesso à informação, diagnóstico precoce e tratamento adequado. O câncer colorretal não escolhe idade, gênero ou classe social — e pode ser evitado ou tratado com sucesso quando descoberto a tempo. Falar sobre o assunto é o primeiro passo para mudar essa realidade.